Sindifars em ação: negociações Sinprofar 2020

 

No ano de 2020, o mundo e o Brasil foram surpreendidos com a pandemia da COVID 19. Uma doença que vem desafiando a ciência, que busca as melhores respostas farmacológicas; as gestões (públicas e privadas), que precisam tomar decisões seguras para proteção das vidas.

 

Mas a pandemia também destaca a importância do Sistema Único de Saúde, da necessidade de implementação de políticas públicas, do fortalecimento dos órgãos de fiscalização. Bem como, destaca o papel da farmácia como estabelecimento de saúde, prestando a assistência à saúde e o trabalho farmacêutico como fundamental no atendimento as necessidades das pessoas inserido na lógica de um trabalho multidisciplinar.

 

Podemos arriscar que 80% da categoria dos farmacêuticos está atuando nas farmácias. E todos os dias buscam capacitação para prestar serviços com qualidade as pessoas. Serviços estes que têm sido bem explorados pelas farmácias, mas sem recompensar, financeiramente os farmacêuticos.

 

Aliás, as farmácias privadas compõem um segmento econômico que não demonstra sofrer com a crise econômica pela qual passa o Brasil. Dados divulgados pela Revista da Farmácia informam que, entre os meses de janeiro e outubro de 2020, surgiram 14.048 novas farmácias em todo o Brasil. Com isso, a demanda por produtos vendidos chegou a 5,4 bilhões de unidades, o equivalente a R$ 113 bilhões nas mais de 81 mil farmácias brasileiras. As redes associadas à Febrafar deverão fechar o ano de 2020 com um crescimento maior do que 20%, de acordo com análise do presidente da federação Edison Tamascia. Estudo realizado pela Abrafarma informa que ao todo, foram 102.929 testagens em todo o Brasil (de 30 de novembro e 6 de dezembro 2020), e 108.801 nos sete dias anteriores. Os números são bem superiores aos das três primeiras semanas de novembro – 48.345, 62.062 e 77.081.

 

Mas infelizmente o Sinprofar, sindicato patronal, representante do comércio varejista, no RS, segue tencionando com propostas de alterações que impactam na jornada de trabalho dos farmacêuticos, que, na prática, remete a redução do número de profissionais nas farmácias, altera a rotina pessoal dessas pessoas, e ainda possibilita o cumprimento de horas a mais de trabalho.

 

O Sinprofar não aceita firmar a convenção coletiva de trabalho sem a inclusão de uma nova regra de cumprimento de jornada de trabalho. Diante deste fato, o Sindifars dará seguimento ao processo de dissídio coletivo, ajuizado no Tribunal Regional do Trabalho, na data base. Já informamos no processo que não se obteve êxito na negociação direta.

 

Lamentamos que o sindicato patronal não acate a proposta dos farmacêuticos, que são reivindicações legítimas daqueles que garantem a prestação dos serviços com qualidade e proteção à saúde das pessoas.

 

O Sindifars vem sustentando o relevante papel que cumpre as farmácias em plena pandemia, a garantia da assistência farmacêutica integral e a responsabilidade desses empregadores garantirem os equipamentos de proteção individual de acordo com as exigências que os serviços exigem, bem como o pagamento dos serviços e adicionais como reivindicação legítima aos que, com competência e ética, levam seu conhecimento no atendimento às demandas das pessoas.

 

O Sindifars segue firme na defesa e valorização do trabalho farmacêutico. Quando tivermos mais informações daremos publicidade aos colegas.

 

Aproveitamos a oportunidade para pedir que os colegas mantenham seus dados atualizados, clicando aqui e respondam o questionário de levantamento de dados da realidade de suas condições de trabalho. Tais participações são para o seu próprio benefício.

 

Sindifars, cuidando de quem cuida!