O papel fundamental dos farmacêuticos para o Uso Racional de Medicamentos
O Uso Racional de Medicamentos (URM) é uma iniciativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) e demais órgãos de saúde nacionais e internacionais, com o intuito de conscientizar a população sobre a utilização correta dos medicamentos.
A facilidade de adquirir medicamentos diante de uma lógica de mercado vem contribuindo para a propagação do uso irracional, incentivando a automedicação, tendência que é muito presente na nossa sociedade ocasionando riscos decorrentes do uso inadequado, de modo o que era para causar um bem se torna um grande problema para a saúde das pessoas e para a saúde pública.
O uso racional pressupõe estabelecer a necessidade do medicamento, a prescrição correta, também a escolha adequada, visando a eficácia do medicamento e a segurança do paciente. Também se é necessário atender aos critérios de melhor eficácia do medicamento, como forma farmacêutica, dose e período que durará o tratamento, deve atender aos critérios de qualidade esperado, para assim haver um tratamento eficaz.
Mas de quem é a responsabilidade de garantir o uso consciente e adequado dos medicamentos? Na verdade, todos os envolvidos precisam fazer a sua parte: prescritores, pacientes e farmacêuticos.
No que tange aos farmacêuticos, estes têm responsabilidade na conscientização do uso de medicamentos, ajudando a educar, instruir, orientando sobre a importância do seu uso, sua posologia, efeitos colaterais, reações adversas, e promovendo, assim, o uso racional.
O papel ativo do profissional farmacêutico se faz indispensável por ser o profissional habilitado no que se refere ao uso de medicamentos, sendo responsável pela produção, controle de qualidade, conservação, distribuição, eficácia terapêutica, acompanhamento, promoção do uso seguro e racional e sendo capacitado para instruir e promover ações em prol da saúde das pessoas.
Portanto, estes são alguns exemplos que evidenciam o papel do farmacêutico na luta contra a irracionalidade medicamentosa, mostrando o seu fazer a favor da qualidade de vida.
É importante ressaltar que tão importante quanto o acesso aos medicamentos é a avaliação da segurança e efetividade dos medicamentos dispensados e administrados, numa lógica do trabalho multiprofissional, que objetiva a promoção e a recuperação da saúde.
Que este 05 de maio de 2022 fortaleça e incentive ações de conscientização sobre o papel do farmacêutico como profissional que fornece informação e orientação à população, mas que também a população tenha atenção aos riscos da automedicação, sem supervisão de profissional e possa expressar seu reconhecimento a estes profissionais que atuam em diferentes áreas em todo o ciclo de vida das pessoas.
E ainda, reafirmamos que o Sindifars entende que defender a vida e a saúde perpassa pela valorização dos farmacêuticos em diferentes aspectos, como os de ter por boas condições de trabalho, que perpassa por salários dignos e ambiente de trabalho adequado para execução de suas tarefas. Isso significa dizer que seguiremos nos manifestando por alteração da política macroeconômica que priorize o bem-estar econômico e social, a busca pelo pleno emprego e ampliação da renda do trabalho, bem como a necessidade de ser implementado um marco regulatório de ampla proteção social, trabalhista e previdenciária a todas as formas de ocupação e emprego e de relação de trabalho.
Sindifars, cuidando de quem cuida!