Trabalho Farmacêutico a favor das mulheres: pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Os 16 dias de ativismo foram assumidos pelo movimento feminista brasileiro, sintonizado com a Campanha Internacional. No Brasil, 0s 16 dias de ativismo tem tido o início de sua Campanha para o dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra – pelo reconhecimento histórico da opressão e discriminação contra a população negra e, especialmente, as mulheres negras brasileiras que têm suas vidas marcadas pela opressão de gênero, raça e classe social.
A Lei Maria da Penha
Maria da Penha Maia Fernandes é farmacêutica brasileira que, no ano de 1983, sofreu severas agressões de seu próprio marido, o professor universitário colombiano Marco Antonio Heredia Viveros. Em duas ocasiões, Heredia tentou matar Maria. Na primeira, com um tiro de espingarda, deixou-a paraplégica. Depois de passar quatro meses no hospital e realizar inúmeras cirurgias, Maria voltou para casa, ocasião em Heredia tentou eletrocutá-la durante seu banho.
No ano de 2001, o Estado brasileiro foi condenado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA),por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica contra as mulheres. Foi recomendada a finalização do processo penal do agressor de Maria da Penha (que ocorreria finalmente no ano de 2002); a realização de investigações sobre as irregularidades e atrasos no processo; reparação simbólica e material à vítima pela falha do Estado em oferecer um recurso adequado para a vítima; e a adoção de políticas públicas voltadas à prevenção, punição e erradicação da violência contra a mulher.
A Lei 11.340/2006 foi inovadora em muitos sentidos. Ela criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, algo que ainda não existia no ordenamento jurídico brasileiro (apenas era prevista a criação de uma lei desse tipo no parágrafo 80 do artigo 226 da Constituição).
Trabalho Farmacêutico a favor das mulheres
A atuação das farmacêuticas e dos farmacêuticos é crucial na luta contra a violência dirigida às mulheres. São profissionais que representam um ponto de contato de fácil acesso para que as mulheres possam buscar apoio e apresentar denúncias, ao mesmo tempo em que contribuem para a promoção da autonomia feminina e da saúde de forma integral.
Mas também no acompanhamento de possíveis tratamentos e mesmo no diagnóstico laboratorial.
Para as farmacêuticas
A 2ª etapa da pesquisa desenvolvida pelo Sindifars juntamente com Diesat irá focar sobre as formas de violência no trabalho das farmacêuticas e dos farmacêuticos. Isto porque foi possível ter o registro, na 1ª etapa da pesquisa, que 4 em cada 10 farmacêuticos informaram já ter adoecido por causa do trabalho. Sendo que 50% diz respeito ao adoecimento mental (stress ou fadiga, Síndrome de Burnout, depressão e outras doenças mentais).
Então contamos com sua participação para responder esta 2ª etapa da pesquisa. O acesso a pesquisa pode ser pelo link https://forms.gle/
Onde denunciar e procurar ajuda em casos de agressão:
– Ligue 180, serviço telefônico gratuito disponível 24 horas em todo o país;
– Ligue 190, se houver uma emergência;
– Delegacias de polícia;
– Delegacias da Mulher (se não funcionar 24 horas, o boletim de ocorrência pode ser feito em uma delegacia normal e depois transferido);
– Centros de Referência de Atendimento à Mulher – CRM/RS – em Situação de Violência, para os casos em que a mulher não se sente segura em procurar a polícia: crm@justica.rs.gov.br – Atendimento de segunda a sexta – Das 8h30min às 18 horas – Rua Miguel Teixeira, 86 -Cidade Baixa – Porto Alegre/RS -Brasil – CEP 90050-250
– Escuta Lilás: 0800.541.0803
– Defensoria Pública, que atende quem não possui recursos para contratar um advogado – https://www.defensoria.rs.def.br/locais-de-atendimento.

