FMSC desconsidera o trabalho das farmacêuticas e dos farmacêuticos!
Alguns anos o Sindifars busca negociar acordo coletivo de trabalho com a Fundação Municipal de Saúde de Canoas (FMSC).
Buscamos reuniões presenciais, sem êxito. Mantivemos envio de e-mails à presidência (que se alterou intensamente nos últimos anos), bem como a assessoria jurídica, a qual nos respondeu algumas das nossas mensagens. Estivemos na prefeitura de Canoas, levando as reinvindicações da nossa categoria.
O Sindifars sempre manteve contato com a(o) colegas que trabalham neste empregador. Inclusive aprovamos uma pauta de reivindicações que foi enviada para a FMSC, apesar de diferentes interlocutores deste empregador informar desconhecer os pontos de reivindicações.
A FMSC possui um regulamento interno que define os mais diversos aspectos trabalhistas, e que não correspondem as necessidades das farmacêuticas e dos farmacêuticos que se dedicam a prestar seus serviços com competência técnica e qualidade às pessoas que buscam os serviços.
Observa-se que as empresas podem ter regulamentos internos e aplicá-los, desde que respeite o previsto em lei ou um ACT específico. Mas o fato de terem instrumento interno não faz com que sejam obrigados a negociar com as categorias profissionais. Porém é legítimo e, se espera, respeito de empregadores, como FMSC, em negociar condições melhores a quem presta seus serviços à fundação.
Tivemos conhecimento que a prefeitura de Canoas constituiu uma comissão de trabalhadora(o)s, firmaram um convênio estatal de gestão e nunca convidaram o Sindifars para participar deste assunto.
Mas o Sindifars, firme pela reivindicação dos direitos da(o)s colegas, se manteve em movimento. Solicitamos ingresso na mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), junto ao Sindicato dos Enfermeiros (Sergs). A manifestação da FMSC foi que consideram ser inexistente uma margem negocial, o que impede que as partes envolvidas (empregador e Sindifars) possam sequer abordar a possibilidade de discutir e, eventualmente, implementar propostas ou ajustes que poderiam surgir a partir de um processo de negociação coletiva.
Ou seja, isso significa dizer que, a FMSC se coloca no sentido que por mais que haja demandas ou sugestões, o cenário atual inviabiliza as nossas considerações no âmbito de acordos coletivos de trabalho, impossibilitando qualquer avanço ou adaptação às necessidades emergentes.
Temos a compreensão que não considerar, minimamente, a escuta e abertura de negociação com o Sindifars denota desrespeito ao trabalho farmacêutico, mas também o cuidado com as pessoas que buscam os serviços da FMSC. Pois prestar um serviço de qualidade perpassa respeitar todas as pessoas empregadas, como as farmacêuticas e os farmacêuticos! Afinal, a(o)s farmacêutica(o)s fazem bem à saúde de todas as pessoas!
O que couber ao Sindifars seguiremos buscando o respeito ao trabalho farmacêutico pela FMSC.
Sindifars, cuidando 50 anos do trabalho farmacêutico!