Retrospectiva Sindifars 2024
A celebração do Ano-Novo é um momento de transição e recomeço, marcado por esperança, renovação e mudança. Mas para isso, precisamos refletir e agradecer pelo o que foi possível ser feito e o que precisa mudar para que nossa prática diária se ajuste, num processo constante, diante das situações, das demandas e dos cenários que se alteram conforme fatos e acontecimentos que nos deparamos e que nos exige estarmos preparados para as respostas no tempo certo.
Essas reflexões devem ser permanentes para as nossas vidas, bem como individualmente como coletivamente, no papel que nos cabe na sociedade.
Então, o que podemos compartilhar pelo Sindifars e categoria farmacêutica que atua no RS, em poucas linhas, para o ano de 2024?
Inicialmente, se faz necessário lembrar, para que não aconteça mais, as enchentes de maio. O Sindifars não apenas foi instrumento de compartilhar informações e orientações aos colegas. Atuamos em diferentes frentes, desde rede de apoio técnico aos colegas e de ajuda às pessoas para, as que necessitavam, terem acesso seguro e racional de medicamentos, em conjunto com a Associação dos Farmacêuticos RS e a Faculdade de Farmácia da UFRGS.
Mas também atuamos em contatos diretos com gestores (municipais, estadual e federal) tanto nos aspectos do levantamento das necessidades das pessoas, na cobrança no envio de insumos e/ou produtos e/ou medicamentos para as localidades e especial a urgência de concursos públicos de mais profissionais para a linha de frente. Diretamente ao setor privado, intervimos na proteção dos direitos dos colegas, a todas as demandas que nos chegaram pelos canais de comunicação do Sindifars. E que serviram de subsídios para as negociações com os sindicatos patronais.
Assinamos convenções coletivas de trabalho com comércio varejista e atacadista; hospitais e clínicas de Porto Alegre e os filantrópicos e com a indústria. Não apenas mantendo os direitos conquistados anteriormente, mas incluindo previsões de reuniões permanentes sobre a proteção contra assédios e situações de calamidade pública. Além do reajuste pelo INPC integral, da data base, que para a categoria farmacêutica que atua no RS é agosto.
Para os segmentos econômicos que não temos dito êxito na negociação direta (Sindunort e Fehosul) ajuizamos dissídio e aguardamos o agendamento dos julgamentos pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Aliás, TRT que nos recebe praticamente toda a semana, por iniciativa do Sindifars, para diferentes demandas de não pagamentos rescisórios, como no caso da Fundação Getúlio Vargas em Tramandaí; Fundação de Cardiologia em Alvorada e Cachoeirinha. Bem como nossa permanência de pedido de mediação para reposição das perdas salariais, dos últimos anos, com hospitais filantrópicos.
Atuamos efetivamente na mesa de negociação do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e em pautas demandadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
O Sindifars ingressou com várias ações na justiça: desde a reivindicação no pagamento do adicional de insalubridade aos colegas que prestam serviços farmacêuticos como pela não incidência dos valores pagos, por exemplo, por aplicação de vacinas, em férias, 13º salário e FGTS. Dentre outros, como pela cobrança de recolhimento FGTS e pagamento de verbas rescisórias.
As pautas do dia: fim da escala 6×1 e apoio a isenção imposto de renda para quem ganha até R$5000,00! São as mais diferentes ações do Sindifars tem realizado junto a Fenafar e a CTB para que essas legítimas reivindicações sejam concretizadas na vida também das farmacêuticas e dos farmacêuticos.
Mesmo não sendo mais obrigatório, após a reforma trabalhista, seguimos assessorando os colegas na revisão dos seus cálculos rescisórios, e encaminhando para a assessoria jurídica os casos de não cumprimento da parte do empregador. Somado a todas as demandas de não cumprimento da norma coletiva de trabalho ou mesmo dúvidas se está sendo cumprido os pagamentos mensais; casos de assédios morais; dentre as mais diversas situações por que passam as farmacêuticas e os farmacêuticos nas relações de trabalho.
E não vamos nos esquecer da luta pela farmácia como estabelecimento de saúde que perpassa ao posicionamento contrário a venda de medicamentos em supermercados. O lucro não pode se sobrepor a vida das pessoas e tão pouco desconsiderar o trabalho farmacêutico.
Atuação ativa e efetiva no controle social do SUS. Não apenas no conselho de saúde RS (que compomos a mesa diretora), mas também no conselho municipal de saúde de Porto Alegre. Nestes dois conselhos, o Sindifars coordena as respectivas comissões de assistência farmacêutica.
Participamos das comemorações dos 50 anos da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), a qual somos filiados com muito orgulho. Acatando todas as campanhas da federação, como a enquete sobre as violências sofridas no mercado do trabalho que reforça ao levantamento do Sindifars com Diesat focados nos adoecimentos. Tais recolhimentos de informações são para ações direcionadas a segmentos econômicos, a partir de contatos com órgãos do trabalho, para buscar resolver diferentes situações e proteger e garantir os direitos para as farmacêuticas e os farmacêuticos.
Todas essas informações, dentre outras, os colegas farmacêuticos podem tanto resgatar publicações, acessando www.sindifars.com.br, e na lupa, localizada a direita da página, fazer a busca pelo tema que o interessa naquele momento. E principalmente, convidamos os colegas para que sigam as mídias sociais e mesmo baixe o app do Sindifars, para se manterem atualizados das diferentes agendas na valorização do trabalho farmacêutico.
Muito foi feito e conquistado. Com empenho resiliente da diretoria e assessorias do Sindifars. Contando com a participação de muitos colegas farmacêuticos. Mas existe a necessidade de ampliarmos essas participações, pois ao estabelecermos as semelhanças e diferenças da categoria farmacêutica e com quem detém o poder econômico, demonstra o quão precisamos nos fortalecer para avançarmos para a materialização dos direitos e da dignidade do trabalho farmacêutico, e que perpassa pelo reconhecimento de todas as pessoas que colocam a sua força de trabalho e seu fazer à disposição da sociedade.
Por isso convidamos os colegas para que se mantenham informados diretamente pela entidade como um instrumento para a tomada de decisões mais conscientes para a vida pessoal e profissional. Você tem todo direito, por exemplo, de querer propor outras ações ou reivindicações. Isso é democrático e há instâncias e momentos apropriados para suas manifestações. Mas é muito importante compreendermos que o sindicato é cada um de nós! E não ficarmos restritos a mensagens e divulgações dispersas, que tem a intenção de apenas causar caos e confusão.
Sindifars, cuidando de quem cuida!