Nota da Fenafar em defesa do isolamento social
A Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) vem através desta manifestar apoio às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como das principais entidades médicas, sanitárias e científicas do país e do mundo, de manutenção do isolamento social como fundamental medida para o enfrentamento à Covid-19.
Na ausência de vacinas e medicamentos, respectivamente, para a prevenção e tratamento da COVID19, a OMS é firme no seu posicionamento quanto a necessidade de testagem em massa e isolamento social.
É necessário respeitar todas as recomendações técnicas pelos próximos dias para analisar o crescimento da curva no Brasil e o impacto das medidas já adotadas. Para isso, é imperativo intensificar as estratégias de isolamento para conter o aumento da pandemia, assim como garantir tempo para organização e redimensionamento do nosso sistema de saúde.
É hora de tomar as medidas necessárias, mesmo sendo duras. Estamos conscientes com relação a grave crise econômica que enfrentaremos, mas precisamos lutar em defesa do bem maior de cada ser humano, que é a vida. O momento recomenda ouvir a voz lúcida da comunidade científica mundial.
Importante esclarecer que não há qualquer contradição em defender a vida e a economia. Por esta razão, precisamos sim, concentrar todos os esforços para preservar a vida em primeiro lugar e, simultaneamente, pensar em medidas que possam garantir a existência das empresas, manter os empregos e preservar os salários.
Defender a Vida, a Democracia e o Brasil neste momento, além de medidas curativas, exige medidas preventivas. As evidências comprovam que o comportamento social é o fator mais impactante na conformação da pandemia.
Precisamos ecoar as proposições apresentadas pelo Conselho Nacional de Saúde que materializam parte significativa da vocalização das proposições dos principais sujeitos coletivos da sociedade brasileira.
Conclamamos a todos os sindicatos, as organizações populares, institucionais, profissionais e técnico-cientificas para se somarem na organização de Comitês de Enfrentamento da Crise (Nacionais, Estaduais e Municipais), seja para o enfrentamento do momento agudo da pandemia, seja para o retorno justo e seguro das atividades econômicas, hoje conjugadas no Pacto pela Vida e pelo Brasil.